CRIAÇÃO DE PERSONAGENS

Primeiro, deve-se criar uma ficha para o personagem, com dados pessoais (nome, idade, características físicas, gostos, etc.), traços de personalidade e um esboço da aparência que ele deve ter. O ideal é pensar na melhor maneira de combinar a expressão com a personalidade. Pode-se dar a ele alguma característica física marcante, algum jargão ou exageros em algumas reações.

Pensar na história passada do personagem é bom para desenvolver de forma lógica as atitudes e a personalidade dele. Também dá um ótimo tema para histórias.

Os personagens secundários também são importantes e devem ter aspectos e características próprias, mas não devem chamar mais atenção que o principal. Por interagirem com o protagonista, geralmente tem personalidades marcantes, com algumas características exageradas, quase como caricaturas.

PROPOSTA PARA ATIVIDADE PEDAGÓGICA

Desenvolvimento da linguagem de quadrinhos:

1. Como primeiro passo para introduzir a ação e expressão de um quadrinho, os alunos preencheriam balões de fala ou pensamento vazios em quadrinhos prontos.

2. O segundo passo seria o inverso da primeira, colocar uma frase ou fala e propor ao alunos que façam um quadrinho de acordo. Para isso é preciso desenvolver técnicas de desenho e composição básicos.

3. Por fim, desenvolver com os alunos uma historinha própria, desenvolvendo personagens, temática e cenários.

TURMA DO PENADINHO

Paródia a histórias de terror, narram as aventuras de habitantes noturnos de um cemitério. Entre os personagens, tem fantasmas, montros e esqueletos. Os principais são:

Penadinho: um fantasma entediado que procura se distrair tentando assustar alguém, mas na verdade é legal. Vive andando pelo cemmitério e interagindo com seus vizinhos de tumba e quando vivo, vivia numa casa no Bairro do Limoeiro.

Zé Vampir: vampiro amigo do Penadinho, que sempre tenta achar uma vítima para sugar o sangue, mas acaba se dando mal.

Muminho: múmia vinda do Egito Antigo. Coberto de ataduras e seus amigos adoram puxá-las, fazendo Muminho girar como um pião.

Frank: monstro burro feito artificialmente pelo doutor Frankstóim.

Lobi: lobisomem que se comporta como cachorro, uiva pra Lua, late, rói ossos e vive se coçando por causa das pulgas.

TURMA DO CHICO BENTO

Se passa no interior paulista, na fictícia Vila Abobrinha. Diferentemente dos personagens da Turma da Mônica, os personagens da Turma do Chico Bento vão à escola.Os principais personagens da Turma da Roça são:

Chico Bento: menino caipira, com chapéu de palha, descalço e que fala com sotaque caipira. Ajuda os pais na roça, vive assaltando o pomar do vizinho Nho Lau e namora a Rosinha. Mente e é preguiçoso, mas também é bondoso e ama a natureza.

Rosinha: namorada do Chico Bento, com quem vive brigando devido a seus atrasos. É arrumadinha, sempre usando um vestidinho de quermesse e sapatos.

Nhô Lau: fazendeiro rabugento, mas no fundo bom, que vive disparando sal grosso com sua espingarda nos meninos que invadem seu pomar de goiabeiras.

Tirinhas da Turma da Mônica III

Tirinhas da Turma da Mônica II

Tirinhas da Turma da Mônica

TURMA DA MÔNICA

Essa turminha interage com quase todos os personagens criados por Maurício e é sua publicação de maior sucesso.
Mônica: menina baixinha, gordinha, dentuça, com cabelos de banana e absurdamente forte. Adora das coelhadas em quem a aborrece, por isso é considerada a "Dona da Rua".
Magali: melhor amiga de Mônica, é meiga, magricela e tem um apetite extremamente grande. É frequentemente vista comendo melâncias.
Cebolinha: menino com cinco fios de cabelo e que fala "elado". Adora provocar a Mônica e vive criando planos infalíveis para derrotá-la, capturar seu coelhinho Sansão e se tornar o novo "Dono da Rua".
Cascão: garoto sujinho, morre de medo de água e vive sendo forçado a participar dos planos infalíveis do Cebolinha, mas acaba sempre estragando tudo e levando coelhadas ao lado do amigo.

CARTUNISTAS BRASILEIROS 2

MAURÍCIO DE SOUZA

Maurício de Souza começou desenhando cartazes e posteres para ajudar no orçamento doméstico e chegou a fazer ilustrações para o jornal de Mogi das Cruzes. Seu sonho era desenvolver o desenho artístico e se tornar desenhista profissional.

Sua primeira tirinha foi Bidu e Franjinha, a história de um menino e seu cachorro, em 1959. Depois criou outras tirinhas: Cebolinha, Piteco, Chico Bento e Penadinho. Além das tirinhas, começou a fazer publicações semanais tipo tablóide, com as histórias de Horácio, Raposão e Astronauta.

Nos anos 1970, foi lançada a revistinha da Mônica, seguida dois anos mais tarde pelos gibis de Cebolinha, Chico Bento, Cascão, Magali, entre outros.

Durante a década de 1980, com a invasão das animações japonesas, as histórias de Maurício perderam mercado.

Atualmente, as revistinhas recuperaram a estabilidade e vendem-se milhões de exemplares por mês. As histórias de Horácio, o pequeno tiranossauro vegetariano, são as únicas escritas apenas por Maurício.

HUGO

OVERMAN

PIRATAS DO TIETÊ

DEUS segundo Laerte

CARTUNISTAS BRASILEIROS I

LAERTE

Laerte Coutinho é um dos principais cartunistas brasileiros. Paulista, estudou desenho na Fundação Armando Álvares Penteado e jornalismo na Universidade de São Paulo, curso que não concluiu. Publicou em revistas como Placar, Banas e Gazeta Mercantil e nos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo.

Principais personagens:

-Piratas do Tietê: piratas que trocaram o mar pelo rio paulista. Eles praticam atos de pirataria em São Paulo, tais como saques e matanças.

-Overman: super-herói intrépido, inteligente, forte e audaz cujo maior inimigo é o próprio ego. Possui hábitos retrógrados e parece com o Space Ghost.

-Deus: passa a maior parte do tempo discutindo com o Anjo Gabriel e com Buda, vê as questões metafísicas como mera rotina e, com certeza, não é onipotente.

-Hugo: o homem moderno. É uma pessoa comum com problemas atuais, como consertar o computador e chegou até a sentir saudades da ditadura. Tem uma namorada psicóloga.

TIPOS DE FORMATO

Cartoon: apesar de ser apenas uma imagem, são considerados quadrinhos por misturarem imagens e palavras, formando uma narrativa.
Tira: seqüência de quadrinhos dispostos em tira. Atualmente, as tiras curtas são comuns em jornais e revistas, sendo chamadas de tiras diárias.
Comic Books: são revistas que contam histórias de vários gêneros, como romance, policial e histórias de super-heróis.
Graphic Novel: são revistas com histórias complexas e, geralmente, direcionadas a público adulto.
Webcomic: são histórias em quadrinhos publicadas na internet.
Storyboard: são versões em quadrinhos de filmes e animações. Usadas para detalhar cenas de filmes durante a produção.
Fanzines: histórias em quadrinhos amadoras, feitas artesanalmente.

OS PRIMEIROS

The Yellow Kid, de Richard Fenton Outcalt: considerada a primeira história em quadrinhos, nela foi introduzida a apresentação de ações fragmentadas e sequenciadas. Teve publicação fixa no jornal New York World. O Menino Amarelo era um menino estranho, careca que usava uma roupa amarela e andava por um beco com outros personagens estranhos.

Little Orphan Annie, de Harold Gray: conta a história da menina órfã Annie, cujos únicos amigos são sua boneca Emilly Marie e seu cachorro Sandy. Ela fugiu de um orfanato e fez sua vida com disposição, trabalho duro e bom humor.

Dick Tracy, de Chester Gould: consiste na história do detetive policial Dick Tracy. Ele atira muito bem e as histórias são baseadas em perseguições a vilões muito feios. Gould introduziu a violência e o suspense policial aos quadrinhos.

Popeye, de Elzie Crisler Segar: Popeye é um marinheiro de meia-idade, caolho e independente, com um jeito único de falar e tatuagens de âncoras nos braços. As suas aventuras cômicas o levam ao redor do mundo. É apaixonado por Olívia Palito e sua força sobre-humana vem do espinafre.

Krazy Kat, de George Herriman: mistura surrealismo e linguagem poética. A história gira em torno do triângulo amoroso entre o inocente gatinho Krazy, seu antagonista rato Ignaz e o cão policial Bull Pop. Krazy ama Ignaz, que o detesta e vive bolando planos para atirar um tijolo em sua cabeça. Bull Pop tem como objetivo manter a ordem, ou seja, impedir Ignaz de realizar seus planos.

O PRINCÍPIO

Tudo começou no início do século XX, com a necessidade de novas formas gráficas para comunicação visual e a constante evolução da imprensa. As bases para o surgimento dos quadrinhos como conhecemos vêm do final do século XIX, tendo entre seus precursores o suíço Rudolph Töpffer, o alemão Wilhelm Bush, o francês George “Christophe” Columbus e o brasileiro Angelo Agostini. Mas Richard Fenton Outcalt é considerado o primeiro a criar uma história em quadrinhos, que se chamava “The Yellow Kid” e que foi produzida em 1896. Ele, basicamente, juntou tudo o que já havia sido produzido anteriormente e introduziu o uso de balões que continham as falas e pensamentos dos personagens. A base para o surgimento desta nova forma de arte estava pronta.